04 mar A Diferença entre Colaborador e Funcionário
Antigamente todas as pessoas que prestavam serviço para alguma empresa eram chamadas de empregados e a empresa era chamada de firma por esses empregados. Embora esses termos continuem a ser aplicados, sabemos que a freqüência com que são usados é bem menor.
Outro termo muito utilizado até hoje é o denominado “funcionário”, que gradualmente vem substituindo o antigo “empregado”. Como se não bastasse somente esses de uns tempos para cá se convencionou alterar o termo de “funcionário” para colaborador.
O que se pode entender por colaborador? Significa aquele que ajuda, ampara, facilita algo ou alguém para se atingir determinado objetivo, ou seja, é aquela pessoa importante que sempre buscar agregar de alguma maneira.
As empresas passaram a chamar todos aqueles que trabalham para ela de colaboradores, pois, de fato é uma palavra mais bonita, chamativa e ainda transmite a impressão de que há um relacionamento próximo entre as partes, de que um confia no outro, enfim, serve para elevar o moral da pessoa e também para ficar de acordo com os parâmetros estabelecidos pelo mercado.
Será que todos são de fatos colaboradores, ou será que alguns se disfarçam de colaboradores, mas no fundo são simples funcionários?
O funcionário é aquela pessoa que foi contratada para fazer determinado serviço, e de fato o faz, porém, se limita a isso, ela não se esforça, não vai nem um pouco além, não auxilia companheiros, não quer ficar até mais tarde quando é preciso, o lema dessa pessoas geralmente é: “Fui contratado para fazer isso”.
O colaborador também cumpre tudo aquilo para o qual foi contratado, mas vai além, ele busca informações, auxilia companheiros, é comprometido, se intera dos problemas da empresa, ele quer saber, quer, participar, enfim ele procura uma forma de buscar alternativas para que ele possa fazer parte, para que possa colaborar.
Nessa diferença entre os dois, obviamente que uma parcela da culpa é da própria pessoa, que muitas vezes não tem interesse, não quer se desenvolver, mas não podemos deixar de mencionar aqui o caso em que as empresas propalam aos quatro cantos do mundo que possuem colaboradores, mas quando na realidade, internamente os tratam como funcionários.
Essas empresas não os valorizam, não dá chances para crescimento, não abre espaço para o debate de opiniões, não quer saber o que os mesmos pensam, não oferecem boas condições de trabalho, tolem direitos trabalhistas, tem administração totalmente autocrática, dentre uma infinidade de ações errôneas.
Resumindo, vendem uma imagem que não lhe pertence, apresentam para clientes e fornecedores uma “uma casca bonita”, mas que na realidade está toda “podre” por dentro.
Empresas desse tipo possuem somente funcionários, pois, “tudo” aquilo que ela oferece, irá ter de volta, profissionalmente a lei da reciprocidade é essa, ninguém irá se esforçar pelo outro sabendo que não obterá um retorno/reconhecimento.
Com posturas desse porte não é somente a empresa e o funcionário que perdem, perde também o fornecedor e o cliente que passa a contar com atendimento, serviço e produto de qualidade duvidosa.
A diferença entre funcionário e colaborador não é, portanto, uma simples questão de semântica, é algo muito mais sério e que afeta diversos interesses além daqueles entre empresa e funcionário/colaborador.
A cultura organizacional
Por mais que essa seja uma tendência da sociedade atual, devemos ressaltar que as empresas possuem “personalidades” próprias e podem ser muito diferentes entre si, tanto quanto as pessoas. Por isso, há organizações em que as estruturas são mais flexíveis e que favorecem a ideia de colaboradores. Por outro lado, há instituições mais antigas e rígidas, cujas estruturas ainda mantêm os funcionários na postura de empregados. É uma questão de cultura organizacional.
É preciso que as organizações contemporâneas compreendam o perfil dos trabalhadores que têm chegado agora ao mercado de trabalho. Isso fará com que elas tenham que se adaptar a novos modelos de trabalho e a novas maneiras de enxergar os seus trabalhadores. Não adianta tratá-los com a palavra “colaborador” sem permitir que eles de fato o sejam. Não se trata apenas de uma questão linguística, mas de uma verdadeira mudança comportamental, de modo que essa nomenclatura não seja letra morta.
E você, querida pessoa, como avalia o seu ambiente de trabalho? As pessoas que fazem parte dele são empregados, funcionários ou colaboradores? Deixe o seu comentário no espaço a seguir. Por fim, que tal levar estas informações a todos os seus amigos, colegas de trabalho, familiares e a quem mais possa se beneficiar delas? Compartilhe este artigo nas suas redes sociais!